segunda-feira, 22 de agosto de 2016

NOVA COMPREENSÃO DO CÉREBRO: uma revolução na aprendizagem

Gilson Lima
Pesquisador industrial e cientista independente, Músico, inventor. 



Os avanços significativos dos estudos do cérebro começam com SANTIAGO RAMON Y CAJAL: a abordagem neuronal! No final do Século XIX com o isolamento do neurônio.. (desenho ao lado). Apresentado em um Congresso da Sociedade Anatômica em Berlim em outubro de 1889. Cajal expôs seus desenhos feitos em papel com tinta colorida e a unidade básica do cérebro - o neurônio -   foi formalmente isolada. (Não retículo contínuo – rede indissociada - proposto por Camilo Golgi no mesmo período).

Cajal expôs evidências para hipóteses sobre o sistema nervoso – os axônios das células são as saídas para os impulsos nervosos e os dendritos as entradas - “Lei da Polarização Dinâmica” e em 1906 um discípulo de Cajal cunhou a palavra -sinapse- para descrever a junção entre uma célula nervosa e outra.


A novidade atual é poder observar o cérebro em funcionamento. Isso ocorre ha pouco tempo.
Há 100 anos sabemos que vemos com a parte de trás do cérebro, mas somente ha pouco tempo têm-se obtido uma luz de como funciona essa parte cruzada e todo o processo de informação cruzada em nosso cérebro.

O neurônio é uma célula ramificada construída para produzir e gerar impulsos e ao mesmo tempo transmitir conteúdos químicos.
São de tamanhos pequenos ou com dendritos muito grandes (com maior capacidade de cooperar e atuar de modo mais amplo). A parte elétrica é mais simples – tipo digital (ligado ou desligado. As sinapses químicas são mais lentas, tem conteúdos e altera as informações. Sabe-se das sinapses, mas não se explica o porquê (plexo mental complexo) o cérebro é um complexo que aprende quando transmite conteúdo. ISSO É MUITO SIGNIFICATIVO. Muda sempre. Está sempre mudando.

POR QUE DAS SINAPSES?

São conteúdos transportados que são transmitidos. Por que o conteúdo vai adiante? Com toda uma logística de eletricidade, íons, mas por que toda essa logística. Por que das sinapses?
É simples. Os impulsos elétricos são apenas digitais (ligados ou desligados), mas o funcionamento do cérebro é bem mais complexo do que um computador.

Para muitos reducionistas, o cérebro é apenas uma central telefônica, com cabos e transmissões de dados e impulsos... Esse é um dos maiores equívocos das abordagens cognitivistas e computacionais que movem toda a indústria da inteligência artificial e o imaginário da ficção científica motivada por um futuro que não precisará mais de nós (humanos), pois criamos e replicamos máquinas pensantes, superiores a nós mesmos.

A SINAPSE SURGE PARA MUDAR O QUE ESTÁ SENDO TRANSMITIDO.
Não para transmitir.... Isso é muito mais complexo.

Quanto maior o número de sinapses, maior o número de informações (duas sinapses são mais simples). A mesma bioquímica acontece (no neurônio inicial), mas não será a mesma no próximo neurônio.
O EFEITO LÍQUIDO É O SEGUINTE: “A ESTRUTURA DA PRÓPRIA MORFOLOGIA SE MODIFICA QUANDO NÓS A UTILIZAMOS”.
Uma grande descoberta.

AGORA SABEMOS: que o cérebro muda o tempo todo e a todo instante em que acontecemos no mundo. Só se não usar. Células nervosas estão nesse momento crescendo e o stress, mata as células e a precisão das novas lembranças (esquecemos mais estressados).
Células nervosas mudam a cada ligação.
Usar pouco o cérebro é ruim. Como usar uma louça de porcelana apenas no domingo quando se tem visita, para não quebrar. O cérebro é o contrário, tem que se usar muito para ele ficar cada vez melhor.

Se não usá-lo, ele se fragiliza. É como se ter um supercomputador apenas para assistir TV. Isso nos deixa burros, doentes e bestializados. São 23 bilhões de células nervosas apenas no córtex, mais as sinapses que se estima ser em torno de um milhão de bilhão. Um número e tanto.
Cada uma delas são impulsos que modifica a si mesmo quando utilizadas.


Gilson Lima - Doutor em Sociologia das Ciências. Professor CNPQ (aposentado). Pesquisador Industrial. Pesquisador do CEDCIS – Centro de Estudos e Difusão de Conhecimento, inovação e sustentabilidade e pesquisador do LaDCIS - Laboratório de Difusão de Ciência, Tecnologia e Inovação Social. Colaborador do Núcleo de Violência e Cidadania do Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Dr. em Sociologia das ciências. Pesquisador da Rede Nanosoma – nanociência, nanotecnologia e sociedade.  Pesquisador do Research Committee Logic & Methodology and at the Research Committee of the Clinical Sociology Association International Sociological (ISA). Pesquisador colaborador do Núcleo de Robótica Social in http://robotica.udl.cat/ r
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